E se todos tivéssemos a mesma atitude?
Manifesto assinado por Álvaro Araújo Pereira (pai do Ricardo).
Vale a pena ler
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Não sou Funcionário Público, mas o Estado trata-me como se eu o fosse,
enquanto REFORMADO.
Dizem que os Reformados não têm poder de contestação, que de nada lhes
serve tomar uma atitude contestatária (uma GREVE deles é inconsequente
por não afectar nada nem ninguém).
Eu não estou de acordo! E como tal, decidi tomar uma posição que
traduzo no seguinte:
MANIFESTO
Considerando:
1. Que me foram retirados o 13º e 14º mês até 2018;
2. Que me reduziram a Reforma para a qual fiz descontos milionários
durante uma vida de trabalho;
3. Que me foram aumentados os descontos para o IRS, o IMI, no Consumo
de Electricidade, da Água e do Gás, para a “Compensação aos
Operadores” respectivos (EDP, Tejo Energia e Turbo Gás), nos
Combustíveis, para o Investimento das Energias Renováveis, para os
custos da Autoridade da Concorrência e da ERSE, na Alimentação, na
taxa de Esgotos, para a Utilização do Subsolo, para a Rádio, para a
Televisão, para a TNT, para a Harmonização Tarifária dos Açores e
Madeira, Rendas de Passagem pelas Autarquias e Munícipes, para o
auxílio social aos calões que recebem indevida e impunemente o RSI
(Rendimento para a Inserção Social), para pagamento dos cartões de
crédito de políticos, para as portagens nas SCUTS e aumento nas
auto-estradas, para a recuperação de BPNs, para que os Dias Loureiros,
os Duartes Limas, os Isaltinos de Morais e quejandos depositem as
minhas economias em nome deles em offshores, para as novas taxas de
Apoio Social, para as remodeladas Taxas de Urgência nos Hospitais
Civis, para as asneiras provocadas pelas ideias megalómanas de
políticos incompetentes que criaram auto-estradas sem trânsito, para
as Contrapartidas e Compensações a Concessionários de diferentes
estruturas, para pagamento das dívidas às Parcerias Público-Privadas
durante 50 anos ou mais, etc., etc., etc., tudo recheado com 23% de
IVA (por enquanto);
4. Que, cada voto que um cidadão deposita na urna eleitoral, para além
de pôr no poleiro os espertalhões que os (se) governam, representa um
óbolo igual a 1/135 do salário mínimo nacional (actualmente em
€485,00) a reverter para os seus cofres (1 voto = €3,60), a que
acrescem as subvenções às campanhas e verbas para os grupos
parlamentares.
(Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas
Eleitorais: Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro
(Declaração de Rectificação n.º 4/2004, de 9 de Janeiro), Lei n.º
64‐A/2008, de 31 de Dezembro1 e Lei n.º 55/2010, de 24 de Dezembro).
5. Que esse valor é atribuído pelos quatro anos de legislatura, o que
significa entregar aos partidos votados o quadruplo dessa importância
(€14,40), atingindo uma despesa superior a 70 milhões de euros;
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/
6. Que, no caso dos votos em branco ou nulos, essa valia é distribuída
por todos os partidos concorrentes às eleições;
7. E que, se eu me abstiver de votar, não há montante a ser
distribuído pelos partidos concorrentes às eleições,
Eu, ARTUR ÁLVARO NEVES DE ALMEIDA PEREIRA, cidadão de pleno direito,
com o BI 1158208 e o NIF 121934322, com todos os impostos pagos e
ainda credor do Estado por taxação indevida e não devolvida em sede de
IRS, embora prescindindo de uma liberdade coarctada durante quase 40
anos e restituída em 25 de Abril de 1974, decido que, dependendo do
cenário político-económico, meu e do meu país, entrarei em
GREVE DE ELEITORADO, e
SUSPENDO O MEU DIREITO DE VOTO ATÉ 2018!
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