Agora nada mais. Tudo silêncio. Tudo. Esses claros jardins com flores de giesta, Esse parque real, esse palácio em festa, Dormindo à sombra de um silêncio surdo e mudo...
Nem rosas, nem luar, nem damas... Não me iludo A mocidade aí vem, que ruge e que protesta, Invasora brutal. E a nós que mais nos resta, Senão ceder-lhe a espada e o manto de veludo?
Sim, que nos resta mais? Já não fulge e não arde O sol! E no covil negro desse abandono, Eu sinto o coração tremer como um covarde!
Para que mais viver, folhas tristes de outono? Cerra-me os olhos, pois, Senhor. É muito tarde. São horas de dormir o derradeiro sono.
2 Comments:
AO CAIR DA TARDE
Emiliano Perneta
Agora nada mais. Tudo silêncio. Tudo.
Esses claros jardins com flores de giesta,
Esse parque real, esse palácio em festa,
Dormindo à sombra de um silêncio surdo e mudo...
Nem rosas, nem luar, nem damas... Não me iludo
A mocidade aí vem, que ruge e que protesta,
Invasora brutal. E a nós que mais nos resta,
Senão ceder-lhe a espada e o manto de veludo?
Sim, que nos resta mais? Já não fulge e não arde
O sol! E no covil negro desse abandono,
Eu sinto o coração tremer como um covarde!
Para que mais viver, folhas tristes de outono?
Cerra-me os olhos, pois, Senhor. É muito tarde.
São horas de dormir o derradeiro sono.
By Pedro Henriques, at 8:21 da manhã
"Usa a capacidade que tens.
A floresta ficaria mais silenciosa se só o melhor pássaro cantasse."
Henry Dyk
By Anónimo, at 11:14 da tarde
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