Medicina & Arte

quarta-feira, março 02, 2011

POESIA

O Inverno melancólico modifica cores, mantendo o ar doce de ti.
Leio-te em contrapontos jocosos, irónicos, afectos sem terminação, mágoas entre parêntesis e a vida em reticências.
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Apetece-me apenas silêncio.
Bocejos de fome que passam na rua, misérias que atravessam as malhas do cansaço e a indiferença nauseabunda de angústia dorida.
Mantemo-nos no lado oposto ao traço contínuo que segrega códigos sociais, desgraças e discursos sem solução.
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Já não sonho
Olho-te ao longe, esperança retardada...
Vejo-te neste silêncio que inquieta...
Tenho dias sem luz no horizonte, obedecendo ao gargalhar do Mundo.
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Reparte-se o tempo em ritmos solares num diálogo de significados ocultos e as primeiras andorinhas nos beirais,desenhando bailarinas em pontas, trapezistas sem arame...
Um rasgo de calor, o teu olhar ..

Hoje...