Medicina & Arte

domingo, maio 23, 2010

POESIA

Deixa,
que a dor se dispa de preconceitos
e, me leve em quimeras prometidas
trazidas por ventos de novas eras
Deixa,
que os ecos da minha solidão,
que me asfixiam
se dissipem no teu respirar e,
me envolvam nas formas do teu querer
Deixa,
que as grades que te prendem, se desintegrem
num doce acordar de memórias que há em ti
Deixa,
que a vida flua no percurso cósmico
em que o princípio e o fim se mesclem
no coração de universo
Deixa,
que a vibração do teu sentir
ilumine o teu o ser,
e a tua alma se manifeste no amor que há em ti.

Florbela Spanca