Medicina & Arte

terça-feira, maio 03, 2011

POESIA

Intentarei tornar-me rico
e formoso
e poderoso,
atlântico e atlético,
sorriso elástico de puríssima espuma,
corpo flexível de praia selvagem,
olhar ávido metralhando pupilas.

Há ruas escuras em demasia
e barcos parados nos charcos da memória.

Alguém sabe a natureza exacta
deste mal do cérebro
que invade todos os poros
dos sonhos?
Toda a lei nos obriga à renúncia.
E, além disso, é certo
que na próxima morte morrerão
igualmente as estátuas.

1 Comments:

  • "Eles não sabem que o sonho/ é uma constante da vida (...)
    Eles não sabem, nem sonham,/que o sonho comanda a vida (...)"Sonhar é, afinal, transformar em ouro a pobre lata humana.

    By Blogger Manuela Menino, at 5:57 da tarde  

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