Medicina & Arte

domingo, março 06, 2011

POESIA

E de novo armadilha dos abraços
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços
a pele alucinada das carícias.
As preces, os segredos, as risadas
no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas
de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso
teço um colar de gritos e de silêncios
a ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo
o amor total dos deuses e dos bichos.

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