Medicina & Arte

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

POESIA

Esta terra,
que habito, minha casa, meu lugar
semente dos meus cuidados
Em ti cresço,
Em ti amadureço
De ti me despeço para ti voltar
Esta terra
sinónimo de dádiva
regaço da Mãe Divina
Terra que te dás em magia e abnegação
porto de abrigo de todos os seres
que nesta senda cumprem o seu destino
Terra que te esventras por nós,
que do nada fazes criação, e alimento
Terra suada, sugada vampirizada
e, inocentemente entregue à incúria do homem,
vítima da miséria e corrupção doentia
Minha terra que laços de amor te ligam a nós
que depois de cada ciclo
sempre te regeneras...
e em cada renascer trazes esperança
de podermos coexistir no mesmo lugar em paz
tenho saudades de ti...
do cheiro das cascatas em flor
e de me deixar arrebatar pela cores do arco-íris
num transmutar de energia
que sinto quando descalça
enterro os pés na areia quente...
Até quando o teu perdão?...

FLOR BELA