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Nomofobia foi identificada no Reino Unido mas já afecta muitos portugueses
Se é dos que vivem aterrorizados com a ideia de ficar sem bateria, rede ou saldo no telemóvel, saiba que isso pode ser uma fobia. E não é tão invulgar quanto possa parecer. No Reino Unido, uma pesquisa feita no The Royal Post constatou que 58% dos britânicos e 48% das britânicas sofrem deste problema, baptizado de nomofobia (que tem origem nas palavras em inglês No Mobile, ou seja, não ter o telemóvel ligado). Aliás, a nomofobia já aparecere na Wikipédia, definido como "uma fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável estando sem seu telemóvel".
Por cá não há números, mas os psicólogos e psiquiatras já convivem com esta realidade. "Há alguns anos para cá que esta dependência dos telemóvel e o medo de ficar incontactável tem aumentado e até prejudica a vida e o trabalho das pessoas", explica a psicoterapeuta Lídia Craveiro.
Embora alguns especialistas portugueses tenham dúvidas em classificar este medo com uma fobia, reconhecem estes receios nos seus pacientes. "Há pessoas que não desligam o telemóvel para não estarem sozinhas", justifica a psicóloga Maria João Moura. Este tipo de comportamento corresponde normalmente a pessoas que "têm de ter relações de retaguarda, com um carácter de dependência grande que se sentem mais seguras graças ao telemóvel", acrescenta a perita. Um quadro afecta em regra doentes entre os 15 e os 40 anos, diz Lídia Craveiro.
Uma ideia partilhada pelo psiquiatra Nuno Pessanha que considera que "o telemóvel acaba por ter uma proximidade com as pessoas o que as leva a ter medo de perderem o aparelho".
Trata-se de um medo provocado pela dependência em relação às novas tecnologias, esclarece Lídia Craveiro: "estas patologias têm a ver com as novas tecnologias."
De facto, "na geração actual as pessoas ficam muito ansiosas - não sei se ao nível da fobia - , muito preocupadas quando não têm o telemóvel", aponta a psicóloga Maria de Jesus Candeias.
Ainda assim, a técnica opta por não classificar este receio como uma fobia específica. "Já tive pessoas que mostram ansiedade mas não ao nível da fobia. Para o ser a pessoa teria de deixar de ir a sítio onde não há rede ou andar com quatro telemóveis", justifica.
Já no entender de Lídia Craveiro, o pânico provocado pela possibilidade de ficar sem telemóvel é algo mais complexo do que o objecto em si. Ou seja, "o que está na base desta situação é um medo que vem de trás e que tem como origem o desamparo e depois se projecta em medos como este ou andar de avião", defende. "O telemóvel é a ponte do afecto. É visto como o objecto de afecto pelos adultos, conclui a psicoterapeuta.
As especialistas alertam, contudo, para o facto de os pacientes apenas procurarem ajuda médica quando têm outras doenças. E lembram que associados a estes medos irracionais costumam estar ataques de pânico, crises de ansiedade e até depressões.
Se é dos que vivem aterrorizados com a ideia de ficar sem bateria, rede ou saldo no telemóvel, saiba que isso pode ser uma fobia. E não é tão invulgar quanto possa parecer. No Reino Unido, uma pesquisa feita no The Royal Post constatou que 58% dos britânicos e 48% das britânicas sofrem deste problema, baptizado de nomofobia (que tem origem nas palavras em inglês No Mobile, ou seja, não ter o telemóvel ligado). Aliás, a nomofobia já aparecere na Wikipédia, definido como "uma fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável estando sem seu telemóvel".
Por cá não há números, mas os psicólogos e psiquiatras já convivem com esta realidade. "Há alguns anos para cá que esta dependência dos telemóvel e o medo de ficar incontactável tem aumentado e até prejudica a vida e o trabalho das pessoas", explica a psicoterapeuta Lídia Craveiro.
Embora alguns especialistas portugueses tenham dúvidas em classificar este medo com uma fobia, reconhecem estes receios nos seus pacientes. "Há pessoas que não desligam o telemóvel para não estarem sozinhas", justifica a psicóloga Maria João Moura. Este tipo de comportamento corresponde normalmente a pessoas que "têm de ter relações de retaguarda, com um carácter de dependência grande que se sentem mais seguras graças ao telemóvel", acrescenta a perita. Um quadro afecta em regra doentes entre os 15 e os 40 anos, diz Lídia Craveiro.
Uma ideia partilhada pelo psiquiatra Nuno Pessanha que considera que "o telemóvel acaba por ter uma proximidade com as pessoas o que as leva a ter medo de perderem o aparelho".
Trata-se de um medo provocado pela dependência em relação às novas tecnologias, esclarece Lídia Craveiro: "estas patologias têm a ver com as novas tecnologias."
De facto, "na geração actual as pessoas ficam muito ansiosas - não sei se ao nível da fobia - , muito preocupadas quando não têm o telemóvel", aponta a psicóloga Maria de Jesus Candeias.
Ainda assim, a técnica opta por não classificar este receio como uma fobia específica. "Já tive pessoas que mostram ansiedade mas não ao nível da fobia. Para o ser a pessoa teria de deixar de ir a sítio onde não há rede ou andar com quatro telemóveis", justifica.
Já no entender de Lídia Craveiro, o pânico provocado pela possibilidade de ficar sem telemóvel é algo mais complexo do que o objecto em si. Ou seja, "o que está na base desta situação é um medo que vem de trás e que tem como origem o desamparo e depois se projecta em medos como este ou andar de avião", defende. "O telemóvel é a ponte do afecto. É visto como o objecto de afecto pelos adultos, conclui a psicoterapeuta.
As especialistas alertam, contudo, para o facto de os pacientes apenas procurarem ajuda médica quando têm outras doenças. E lembram que associados a estes medos irracionais costumam estar ataques de pânico, crises de ansiedade e até depressões.
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