Medicina & Arte

terça-feira, dezembro 30, 2008

SE CONSEGUES SONHAR...

Se

Se consegues manter a calma
quando à tua volta todos a perdem
e te culpam por isso.
Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam de ti
e aceitas as suas dúvidas
Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias
ou odiado não dares espaço ao ódio
sem porém te fazeres demasiado bom
ou falares cheio de conhecimentos
Se consegues sonhar
sem fazeres dos sonhos teus mestres
Se consegues pensar
sem fazeres dos pensamentos teus objectivos
Se consegues encontrar-te com o Triunfo e a Derrota
e tratares esses dois impostores do mesmo modo
Se consegues suportar
a escuta das verdades que dizes
distorcidas pelos que te querem ver
cair em armadilhas
ou encarar tudo aquilo pelo qual lutaste na vida
ficar destruído
e reconstruíres tudo de novo
com instrumentos gastos pelo tempo
Se consegues num único passo
arriscar tudo o que conquistaste
num lançamento de cara ou coroa,
perderes e recomeçares de novo
sem nunca suspirares palavras da tua perda.
Se consegues constringir o teu coração,
nervos e força
para te servirem na tua vez
já depois de não existirem,
e aguentares
quando já nada tens em ti
a não ser a vontade que te diz:
"Aguenta-te!"
Se consegues falar para multidões
e permaneceres com as tuas virtudes
ou andares entre reis e pobres
e agires naturalmente
Se nem inimigos
ou amigos queridos
te conseguirem ofender
Se todas as pessoas contam contigo
mas nenhuma demasiado
Se consegues preencher cada minuto
dando valor
a todos os segundos que passam
Tua é a Terra
e tudo o que nela existe
e mais ainda,
tu serás um Homem, meu filho!

2 Comments:

  • IF!
    "If", um poema de Rudyard Kipling ( hum! Demasiada noite!)

    IF you can keep your head when all about you
    Are losing theirs and blaming it on you,
    If you can trust yourself when all men doubt you,
    But make allowance for their doubting too;
    If you can wait and not be tired by waiting,
    Or being lied about, don't deal in lies,
    Or being hated, don't give way to hating,
    And yet don't look too good, nor talk too wise:
    If you can dream - and not make dreams your master;
    If you can think - and not make thoughts your aim;
    If you can meet with Triumph and Disaster
    And treat those two impostors just the same;
    If you can bear to hear the truth you've spoken
    Twisted by knaves to make a trap for fools,
    Or watch the things you gave your life to, broken,
    And stoop and build 'em up with worn-out tools:

    If you can make one heap of all your winnings
    And risk it on one turn of pitch-and-toss,
    And lose, and start again at your beginnings
    And never breathe a word about your loss;
    If you can force your heart and nerve and sinew
    To serve your turn long after they are gone,
    And so hold on when there is nothing in you
    Except the Will which says to them: 'Hold on!'

    If you can talk with crowds and keep your virtue,
    ' Or walk with Kings - nor lose the common touch,
    if neither foes nor loving friends can hurt you,
    If all men count with you, but none too much;
    If you can fill the unforgiving minute
    With sixty seconds' worth of distance run,
    Yours is the Earth and everything that's in it,
    And - which is more - you'll be a Man, my son!

    By Anonymous Anónimo, at 10:50 da tarde  

  • Se...

    Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.

    Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.
    Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
    Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem.
    Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!
    Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
    Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol.
    Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua.
    Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas...
    Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida...
    Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
    Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor.
    Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar!
    A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha.
    Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
    Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
    Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
    Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre.
    Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
    São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer...

    Gabriel Garcia Marquez, após tomar conhecimento de um cancro linfático

    By Anonymous Anónimo, at 11:57 da tarde  

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